Republicado em parceria com: Agência de Noticias das Favelas – ANF Foto destacada: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo Magra, vestindo roupas largas e evitando ruas movimentadas, mal dá para perceber que Viviane Nascimento Araújo, de 31 anos, está no oitavo mês de gravidez. Em sua terceira gestação nas ruas, ela se esconde do julgamento de quem passa…
Categoria: Caminhos para a revolução latino-americana
Coluna Caminhos para a revolução latino-americana. Editor responsável:
Inelegibilidade
Por Desiree Salgado Oitava coluna sobre o mundo e seu contexto.
Respeite a CF
Por Desiree Salgado Setima coluna sobre o mundo e seu contexto.
Biografias
Por Desiree Salgado Sexta coluna sobre o mundo e seu contexto.
Inelegibilidades
Por Desiree Salgado
Heróis de pano
Deltan Dallagnol é o representante máximo, junto com Sergio Moro, do lavatismo enquanto apêndice do bolsonarismo. Nunca apoiou diretamente o nome do inominável, mas deixava clara a sua antipatia: tudo, menos o PT. E esse tudo englobava todo o chorume que conhecemos: negacionismo, familismo, militarismo, desmonte do Estado e das instituições. Aparentemente na cabeça do crente persecutor a melhor forma de acabar com o “sistema de corrupção” (sic) seria não se ter um sistema com regras.
A HISTÓRIA DA INTEGRAÇÃO LATINO-AMERICANA
Primeira entrevista com Mario Oporto: Patria Grande, modelos de integração regional e processos sincrónicos na América Latina. No título do seu livro* sobre o pensamento argentino sobre a América Latina, menciona Moreno e Perón, mas que outras figuras políticas e intelectuais colocaria num lugar de relevo durante o período que vai desde a independência até meados do século XX?
Antes de mais, seria muito interessante assinalar que a ideia da Pátria Grande, da unidade continental, da integração regional, não é uma moda, nem representa ideias do momento, mas faz parte de uma longa tradição argentina. Trata-se de um pensamento profundo deste lado do continente, uma grande contribuição que podemos dar.
O MARX É POP
“Um espectro assombra a Europa… O espectro do comunismo”: essa frase é vista como um mote para disseminar o medo de um mundo em que o capitalismo não se sustenta mais; na verdade, é uma mensagem para nos avisar que um outro mundo é possível e necessário, um mundo em que bilionários e suas sandices sejam apenas caricaturas históricas e a fome e a miséria partes de narrativas de terror que não estarão mais nas estatísticas contemporâneas.
A REVOLUÇÃO IN FLUX – ALVARO LINERA E O MARXISMO LATINO-AMERICANO
Seguindo a tradição de Mariategui, o boliviano Alvaro Linera é um dos mais instigantes pensadores marxistas da atualidade. Teórico e militante, aplica o marxismo à realidade latino-americana, especificamente à realidade boliviana, como o fez Lênin ao aplicar o método marxista à situação concreta da Rússia no séc. XX, seguindo à regra a tese de que a ciência de Marx não é um dogma mas um guia para a ação, Linera aponta como sujeito histórico do processo revolucionário em curso na Bolívia os povos indígenas, portanto, em grande parte, o campesinato, ao contrário do que predizia o marxismo dogmático, cujo sujeito histórico é o operariado. A diferença entre Lenin e Linera é que para aquele a incipiente mas combativa classe operária russa seria a vanguarda da revolução que despontava no horizonte; e o campesinato russo, 80% da população, mas politicamente despreparado, apesar do histórico de revoltas, era apenas um aliado tático da vanguarda proletária – como estava explícito no chamado à aliança operário-camponesa, no programa do Partido Bolchevique.
Revisão sistemática: o doido-de-quartel
Certa feita, em um país nem tão distante, houve um governo tão prolífico na arte da loucura e da insensatez, mas tão prolífico, que conseguiu até mesmo inaugurar um novo tipo de doido: O doido-de-quartel.