Por: Felipe Mongruel

O dia primeiro do ano veio sacramentar a vitória histórica do ultimo 30 de outubro. Pela terceira vez na história desse país, seremos governados pelo maior exemplo, melhor símbolo e melhor representatividade dos trabalhadores desta nação.
Numa eleição apertadíssima, onde a situação se encontrava com toda a ordem do arcabouço descarrilhado do falso patriotismo e da falsa fé, pregada por falsos cristãos, dentre eles pastores neopentecostais mergulhados em gritarias e verdinhas norte-americanas, Bolsonaro, o atual ex-presidente da Republica se esconde na sua caserna.
Matreiramente, o presidente da República derrotado, não aparece, some, se esconde de seu povo e faltando dois dias para acabar seu governo embarca num voo sentido Miami-Flórida.
Vem o dia da posse, o Brasil profundo é reerguido com celebração das mais diferentes ordens, resultando no ápice de quem entrega a faixa presidencial é uma catadora de lixo do estado de São Paulo. Ao lado dela, professores, um jovem deficiente físico, um representante da Vigília Lula Livre, Seu Flávio e, por último, mas não menos importante, o cacique Raoni, celebrando a presença dos povos originários na maior festa Popular já vista no planalto central.
Acontece que uma semana após, um grupo escoltado pela Policia Militar do Distrito Federal causa a maior violência institucional já vista nestas terras. Bandidos, vândalos e desordeiros sob o pretexto de patriotismo, materializam a máxima do “por trás de um patriota, há sempre um canalha” que invadem a Praça dos Três Poderes e quebram tudo que veem pela frente. Invadem o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal.
Não precisa enxergar longe pra saber que tudo isso foi orquestrado pela mesma turba que ganhou, no voto, as eleições de 2018. E que tudo que fizeram, foi criar uma realidade paralela. Uma seita, um estado de fundamentalismo no país.
Lula ergue-se politicamente com o fato, uma vez que não chama a GLO(Garantia de Lei Ordem) fato esse que seria uma armadilha pro atual presidente, e colocaria a frente da administração os militares.
Decerto que muitas digitais estão presentes nesta sequência de crimes. Desde o Golpe contra presidente Dilma, capitaneado pelo senhor Sergio Moro e o senhor Deltan Dallagnol, junto de seus asseclas do MPF de Curitiba, representantes da direita concurseira que assaltou grande parte do funcionalismo público da nação, num embuste chamado Lavajato e, principalmente, de uma parte considerável das Forças Armadas, leia-se General Vilas Boas, Braga Neto, Pazuelo e afins.
O momento pede inteligência, tanto pra saber se defender destes ataques golpistas quanto para avançar nas pautas sociais que foram colocadas às cinzas desde 2016. A inteligência na defesa da nação passa, inescapavelmente, pela localização, investigação e julgamento dos agentes golpistas e, principalmente, pelo esclarecimento de ação ou omissão dos oficias das forças armadas. O país já anistiou 21 anos de golpe militar para torturadores e demais assassinos e agora, com a gota d’água do bolsonarismo, o povo clama em seu nome por SEM ANISTIA, doa a quem doer aos responsáveis por tanta dor.
Assim como a população pueril que insiste em respirar num país que se repete, sempre para pior, as demais classes econômicas devem entender que não foi pela picanha que Lula foi eleito, mas para retirar dezenas de milhões de famintos que se acotovelam por pedaços de ossos nas grandes cidades.
O Brasil do futuro, é reconstruído sem esquecer seus débitos e com dureza para seguir os passos que o elevem como ator principal no cenário global. E para isso, a prioridade é o combate a fome, de todos e todas. Sem dó, perdão e anistia pra estes que tentam mudar a realidade do povo, pelas telas do celular e com bandeiras furta cor sobre os ombros.
Chega de fome e chega de militar decidindo os futuros da nação. Queremos oportunidades, sem perder dignidade nem negociando nossa história.