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No bang-bang do Brasil, os eleitores decidirão se o país virará Guantánamo ou virará um berço de esperança pra América Latina, tudo em 14 dias.

Posted on 17 de outubro de 20224 de agosto de 2025 by americaprofunda

Por: Felipe Mongruel

Há 6 anos mergulhados num golpe civil que destituiu a legítima presidenta Dilma Rousseaf, o Brasil enfrenta uma avalanche arreganhada de corrupção, empobrecimento das classes mais baixas, desemprego e um morticínio de quase 700.000 vidas perdidas pelo negacionismo da vacina, pelo incentivo ao uso de Cloroquina e demais remédios cientificamente provados como não eficazes, tudo isso capitaneado pelo maior impostor que já pisou nesta terra, Jair Bolsonaro.

Porém, para contar essa história é necessário fazer uma rápida volta ao passado do país:

Tudo tem início na Ação Penal 470, conhecida popularmente como Mensalão, um amplo processo de perseguição jurídica ao Partido dos Trabalhadores, ainda em 2005, na primeira gestão do presidente Luís Inácio Lula da Silva, que levou pra cadeia os mais próximos dirigentes do partido e os mais próximos ao presidente. O argumento utilizado foi de que o Partido dos Trabalhadores comprava votos no Congresso Nacional, de deputados federais, para aprovarem projetos de lei oriundos do Poder Executivo.

Nunca nada foi provado, apenas sugerido, que certas instituições como o Banco do Brasil ou Caixa Econômica Federal, dois bancos públicos desviavam dinheiro da sua parte de marketing para a compra de determinados Deputados.

O primeiro laboratório de Lawfare(perseguição jurídica para assassinato de reputações) retirou da possibilidade sucessória do partido dos Trabalhadores, o maior cérebro na luta contra a Ditadura, desde a década de 60, o mineiro Jose Dirceu, então presidente da Casa Civil do Brasil, o segundo posto mais alto do comando executivo, atrás apenas do presidente.

O Julgamento de tais ações acontece só em 2012, já na metade final do primeiro mandato de Dilma. Lula tinha saído do governo em dezembro de 2009, dando lugar a sua sucessora Dilma Rousseaf com 87% de aprovação da população, pelos incontáveis feitos à pratica Social, criando 18 universidades Federais, levando de mais de 3.000 estudantes universitários para mais de 8.000, realizando o sonho de milhões de empregadas domésticas e pedreiros que pela primeira vez na vida de suas famílias formavam um filho médico, engenheiro ou advogado; fazendo a transposição do Rio São Fransisco levando água para milhões de brasileiros do Nordeste brasileiro que há décadas viviam com a seca e com a escassez; fazendo o maior e mais amplo projeto de casas populares; levando luz para todos; levando dente na boca dos banguelas, sonho no coração dos pobres e trabalho nas mãos das famílias.

Ainda em 2013, mais precisamente em junho, começaram manifestações de rua na cidade de São Paulo, chamado “não é só por 0,20 centavos” relativos o aumento das passagens de ônibus na capital paulista. Foi o primeiro grande ato de interferência da Direita, que nunca ganhou as ruas, dentro de pautas esquerdistas, financiando partidos e “atores” um tanto neutros, de possibilitar pautas confusas que levaram milhões de brasileiros às ruas, pra exigir o que ninguém sabia ao certo. Foram atos preparados pra ir minando a tentativa de sucessão de Dilma Rousseaf.

Em 2014 então, a guerra dos meios de comunicação foram pra incentivar a população a reivindicar problemas sociais num “modelo FIFA” relativo aos estádios que estavam sendo construídos pra Copa do Mundo, mesmo assim, numa eleição apertadíssima Dilma vence seu adversário Aécio Neves, ex-governador do Estado de Minas, por pouquíssima vantagem.

Ato contínuo sua posse em segundo mandato, o perdedor das eleições, alega fraude na Urnas. Dali pra frente, o Brasil mergulhou num Esgoto de uma Frente Ampla. Só que frente ampla feita pela Direita, de sinal trocado, de classe média concursada em Funcionalismo Público de altos salários mas que detesta pobre e ama ser lacaia da Classe Dominante. Grandes Corporações de Classes, as Forças Armadas e principalmente, o grande incentivador e fomentador disso tudo: As Igrejas Neo-Penteconstais.

Em 2014, começa no Brasil, uma Operação feita pelo Ministério Público Federal, chamada Operação Lavajato, com o apoio interminável dos grandes veículos nacionais de comunicação, a operação baseada na operação jurídico-politica italiana “Mani Pulitti”, tem seus protagonistas Sergio Moro, ex-juiz da Vara que concentrava todos os processos relativos a supostos desvios da Petrobrás, a maior empresa brasileira, com maioridade acionária do Estado, para levar à cadeia dezenas de pessoas, tudo com mais alto requinte de processos de exceção, sem garantias de Defesa e rasgando a Constituição Federal e do lado parceiro Deltan Dallagnol, o procurador chefe da Operação que trabalhava junto com o juiz da causa.( www.museudalavajato.com.br ) Tudo isso fica revelado pela Vaza-Jato, série de reportagens da Intercept Brasil. (https://theintercept.com/series/mensagens-lava-jato/)

O LAwfare atinge seu Estado máximo, através de Delações Premiadas, das quais só eram válidas as que citassem o Presidente Lula, de vazamentos ilegais de informações, de grampos e espionagem em escritórios de advocacia e de arroubos de Classe Média invadindo as ruas com a camisa da seleção brasileira, gritando “ Chega de Corrupção” o Brasil afunda-se num oceano degradante de mentiras, falácias e um ufanismo patético e canalha que vem a gerar a semente do grande ódio.

Na eleição de 2018, com Dilma Rousseaf retirada do cargo de presidente da República num óbvio golpe das elites, num grande acordo nacional entre a classe dominante e depois de uma prisão completamente ilegal e criminosa que deixou preso por 580 dias, ou 1 ano e 7 meses, o maior brasileiro vivo e que caminha para ser o maior brasileiro da história: Luís Inácio Lula da Silva, o Brasil enverga sua espinha pra Ultra-Direita e nasce o mostro Bolsonaro.

Obedecendo a cartilha trumpista e de seu criador Steve Bannon, uma disseminação em massa de desinformação assola o país. As famosas Fake-News ganham a casa das famílias brasileiras e  a Democracia no Brasil vira uma disputa entre aqueles que ainda acreditam numa Democracia Progressista e uma seita cega e odienta.

Depois de solto da prisão, Luís Inácio Lula da Silva reconquista seus direitos políticos numa decisão da Suprema Corte Brasileira que declara o ex-juiz Sergio Moro que aliás ( largou a carreira de 22 anos como magistrado pra servir ao Governo Bolsonaro, aquele que ele mesmo ajudou a existir e ocupou o cargo de ministro de justiça) suspeito e incompetente em todos seus processos.

Lula volta ao tabuleiro de xadrez e em grandes costuras políticas, vai trazendo seus históricos adversários de centro-direita pra seu bojo. Avança na candidatura do seu nome e vai ganhando aliados Brasil à fora. Enquanto isso, o Governo Federal, metralhado por denúncias e escândalos de toda natureza vai implementando um clima de guerra, principalmente na liberação total de compra de armas pela população, envolvendo o crime organizado e a policias.

O Brasil virou um grande filme de faroeste, onde o maior partido de Esquerda da América Latina atravessou o rio mais caudaloso de inverdades e ataques e agora está chegando do outro lado limpo e com 6 milhões de votos de vantagem no primeiro turno das eleições pra grande disputa de 30 de outubro. Onde será decidido que país queremos, o da escuridão das salas de tortura, ou da claridade das portas da esperança. A luta de classes entre ricos e pobres nunca foi tão nítida. 33 milhões de brasileiros estão no estado de miséria e passam fome, enquanto 126 milhões tem problemas de insegurança alimentar. Só os batalhadores brasileiros vencerão esses anos de chumbo. Com raça e coragem nas ruas, esperança na cabeça, Lula no coração e 13, o número do PT, nas urnas.

Que venham os dias de glória, antes que o Brasil acabe numa Guantánamo de proporções gigantescas.

 

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