Ernesto Guevara de la Serna, ou simplesmente, “El Fuser”, ou “Che”, é a capa da nossa edição número 2 do América Profunda. Que além do maior símbolo de insubordinação e contracultura que temos no século XX, é tambem o homenageado pela sua dura morte e emboscada que sofreu em outubro de 1967, há exatos 54 anos.
Nesta edição, você vai ver por aqui um duríssimo texto acerca da realidade punitivista no país e seu aspecto fundamental para perpetuação das classes dominantes, na pena de Karol Costa e André Jacomin.
Verá também como brancos homens de poder como Vargas Llosa tem um final decrépito defendendo a direita corrosiva e saltitante, nas palavras de Julia Lombardi e Rodrigo Silvestre. Continuando os desafios feministas num ambiente que tratou de desfigurar o caráter e figura da mulher, Ana Bassetti cutuca ainda mais essa ferida social.
A luta de classes é alvo e mira dos cortes profundos que Thaís Pagano rasga essa edição. Felipe Magal também compara o Brasil Profundo com o Deep State burguês e Marcos Brehm lembra a todos que Jair Bolsonaro é só a cereja de Bolo: O que nós queremos mesmo é dividir o bolo e as migalhas com socialismo acima de tudo e justiça social acima de todos.
Mas o que brilha mesmo nesta segunda edição é a aquisição dos mais novos culpados para redação desse time de estrelas.
Estamos falando de ABBAS Abi Raad, advogado chileno que já lança em seu primeiro texto as delicadezas e fissuras entre a literatura jurídica e a poesia; Nicolás Bico, militante uruguaio que enche de história e orgulho o papel preponderante da militância aguerrida, em especial dos Tupamaros; o companheiro Horácio Bouchox vindo da Grande Buenos Aires que faz a ligação entre o asfalto e o trabalho, no seu belíssimo poema “Conurbanos” e lá de Garanhuns, interior de Pernambuco, terra natal de Luis Inácio Lula da Silva, o professor e músico Sérgio Ubiratã nos carrega de sentimento explicando a musica e as sensações da música uruguaia e seu aspecto fundamental na construção dele. Ainda vai ver por aqui, o genial Vinícius Carvalho falando do dia de São Cosme e Damião e sua infância na baixada fluminense e a estréia da nossa galeria de arte na lente traumática de João Debs, um andarilho da arte clicando andarilhos que compõe a paisagem social da sociedade capitalista e excludente.
Tá uma porrada essa edição, não deixe de ler e mandar seu comentário e sugestão pra nós.
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En este mes de octubre dedicamos esta edición al más grande de todos los latinoamericanos, a la estrella que sigue alumbrando nuestro camino, porque al Che no lo mataron, lo sembraron. Acá seguimos en su camino, aún en tiempos difíciles, endurecidos pero sin perder la ternura jamás.
Saúde e Socialismo!