Por: Rodrigo G. M. Silvestre
Dois fenômenos interligados marcam nosso momento histórico atual, um é o melancólico espernear dos velhos homens brancos que ocupam posições de poder e concentram a riqueza financeira da sociedade. Outro, intimamente ligado com esse é a constatável falência do modelo neoliberal, implantado mundo afora e imposto na américa latina na década de 1990. Um emblemático exemplo desse movimento é o final trágico de “pensadores” como para o Vargas Llosa, que também no ocaso de sua existência parece revelar seu “Eu” interior verdadeiro. Ele, como outros, explicitam uma raiva irracional contra tudo que lhes seja diferente ou ameace os “valores do passado” que lhes remete a outros tempos, onde seu poder e mando não era jamais questionado. Esse tempo, entretanto, não existe mais, em que pese ainda concentrem em suas mãos os instrumentos de poder.
Tradicionalmente la derecha latinoamericana fue más liberal que conservadora, o en todo caso, liberal en lo económico y conservadora en lo social. Esta fue la característica de la mayoría de las dictaduras de los 70, enmarcadas dentro del Plan Cóndor, pero también de los gobiernos de los años 90 que instalaron el neoliberalismo en nuestro continente. Los nuevos gobiernos neoliberales que disputan nuestros países, si bien mantienen lógicas económicas similares a sus antecesores, difieren en algunos aspectos. En primer lugar se radicaliza el liberalismo en lo económico y lo conservador en lo social, pero en lo político se presenta una fuerte ruptura de los códigos políticos establecidos. Sin bien esto no es exclusivo de Latinoamérica, lo podemos ver en personajes como Trump o Boris, donde también se posicionan desde la anti política, o la ruptura con lo políticamente correcto, en el caso de los latinoamericanos además se le suma que son “cipayos”, traidores a sus pueblos, “malinchistas”.
En el neoliberalismo de los años 90, de la mano de la pobreza y la desindustrialización venía una promesa, la derecha latinoamericana sacaba de la galera del mago modernización, tecnología, magia y deseo. El acuerdo de Washington bajaba a nuestro continente del Delorean de Marty Mcfly. En cambio, ¿que propone la derecha rancia de hoy? En primer lugar no propone fundamentos políticos, ni preceptos morales, como dice García Linera es una “ideología de outlet”, no tiene doctrina ni profundidad, es pragmatismo político puro. Esto por ejemplo, lo vemos en toda la región cuando transforman a cualquier adversario en “comunista”, concepto que les resulta particularmente útil porque cuenta con un repertorio de estigmatización macerado durante años, y que al mismo tiempo puede englobar cosas totalmente diversas. En realidad no les importa en absoluto el comunismo, tal vez ni siquiera sepan bien de qué se trata, pero les permite una clasificación de amigo-enemigo que consigue estigmatizar y aislar a grupos adversarios a un nivel supranacional.
La derecha latinoamericana de hoy es salvaje, se muestra tal como es, sin secretos. Son borders, payasos, obvios, incluso estúpidos, pero también son rápidos y frente a un capitalismo cada vez más arrasador y destructivo, con niveles de exclusión cada más grandes, el escenario se vuelve más complejo y conflictivo, es ahí donde se van a mover como pez en el agua, porque es donde su única propuesta cobra fuerza y sentido, en el pacto con el Leviatan.
Parece que ao se abraçarem com a mentira e com a parte torpe do poder eles criam a coragem final para se revelar. E como toda boa novela latinoamericana (ou filme de ação ruim de Hollywood) o vilão faz o discurso se entregando, perto do final. Resta saber agora se vamos finalmente conseguir vencer essa ideologia de velhos, brancos, ricos, e propor um final decente para nós.
O “liberalismo” que se vive hoje é um conjunto requentado de ideias das ditaduras latinoamericanas, eles só não percebem que o contexto dos modos de produção (tecnologia) se alteraram profundamente. O capitalismo atual, que concentra riqueza em escala global em uma velocidade alucinante, somado à uma visão de estado nacional incapaz de ser o protetor dos mercados, não funciona mais. A Ditadura pode até oprimir o povo, mas não garantirá mais a vitória das “empresas protegidas”, pois o capitalismo globalizado não tem mais interesse nos Estados Nacionais. É o que o Velho da Havan vai descobrindo, que por mais ditador que o Bolsonaro possa ser, ou mais oprimidos seus trabalhadores possam estar, empresas como a Amazon não serão detidas, expandindo sua dominação em escala mundial.
Nesses “novos empreendedores” da tecnologia, também está presente o mesmo resgate da estratégia conservadora nos costumes e liberal na economia. Replicando inclusive modelos mentais ainda mais atrasados, onde após estabelecer a exploração econômica, rápida e insensível, o novos homens brancos ricos ignoram as mazelas criadas nesse planeta e voltam seus olhares a explorar outros planetas, gastando bilhões de dólares para “salvar a humanidade e nosso atual modo de vida”. Tudo isso enquanto destroem o ambiente e massacram os povos excluídos, como os latinoamericanos. É um pacto dos velhos homens brancos com os novos homens brancos, passando o poder e a riqueza de mão em mão. Cada vez mais concentrada.
É chegada a hora de mulheres, indígenas, negros, LGBTQIA+ e todos os oprimidos estabelecerem o plano para ocupar o vazio de futuro que será deixado. Propor um novo modo de interação e diálogo entre os povos, para que se possa superar o ocaso do liberalismo. Ou continuaremos a conviver com a carne putrefacta do liberalismo dos homens brancos sobre a mesa!