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A Utopia

Posted on 4 de setembro de 20214 de agosto de 2025 by americaprofunda

Por: Felipe Mongruel

A genuína diferença entre entender e compreender é a que o primeiro conceito limita-se a absorção do enunciado. Enquanto o outro, revela sua capacidade de transmissão daquilo que foi adquirido, daquilo que foi entendido. Dando sequência motriz à raiz ideária.

Na tarefa utópica de traduzir a realidade da linguagem desse país, os pensadores do tema agem muito bem como entendidos das causas e de seus efeitos. Demonstram a realidade subliminar apresentada a um eixo da população que goza dos mais íntimos e tragicômicos produtos dessa ordem. Num poder curandeiro, numa verdade acreditada. Inatingível. Inquebrantável.

Um guerra de fatos versus ultrafatos, de realidade com a realidade ultramaterial maniqueísta e ligada ao íntimo de si. Ao eu si. A moral.

É uma re-ligação de conceitos que não são os conceitos clássicos de outrora, como por exemplo FASCISMO, com suas novas versões atualizadas, utilizadas nos templários da nova época: whatsapp, facebook, twitter e instagran. São conceitos mais sorrateiros, mais simplistas, mais curtos e com poucos caracteres para versões atualizadas de lavagem de roupa suja e briga entre vizinhos.

É exatamente alí, nos cafofos e nos muquifos da língua que a seita bolsonarista se encontra. Num arremedo de ideias demoníacas da bruxa do 71, com chantagens escatológicas dos Augustinhos Carraras. É o cortiço do Brasil em nova versão, afeita pelos combustíveis do Grande Capital utilizando-se cinicamente a versão da Liberdade de Expressão.

Compreendendo um pouco mais: no país do Carnaval, os problemas se coadunam todos no sexo.

Como se porventura sexo fosse problema e não solução, o genocídio das minorias, os exterminios indígenas e da comunidade LGBTQIA+, onde facilmente se vêem o fruto dos reacionários e reprimidos homens motoqueiros armados e musculosos que precisam se garantir em grandes camionetes estilo Agro é pop, com versões altíssimas do produto cultural nocivo e idiota do Sertanejo universitário. Quando muito se vê pelas telas atuais torturas e agressões bizarras cometidas pela Policia (não se engane) se trata de mais uma bichona enrustida que verte tesão pelo alinhamento da farda ou a lustrosa graxa dos seus coturnos.

Mas estes brasileiros não queriam estar ali, queriam estar gozando lambendo aqueles coturnos durante horas na sadomasoquista tarefa de serem sabujos e lacaios dos seus opressores, mantendo a dor da corrente que lhes apalpa o bumbum e cospe em suas caras.

O Bolsonarismo não vive sem antes morder a isca das relações sociais. E estas, se dão por ordem afetiva. É por afinidade que um banqueiro ou um rentista goza ao ver o dólar bater cinco reais enquanto 60 milhões de iguais nadam na merda da miséria. É por puro prazer de sair do armário que estes escravos sexuais do capital gritam “mito” destemidamente, cortando direitos de trabalhadores e vendo aposentados morrer a míngua. Eles gozam quando a classe baixa rói o osso. Quando são presos, quando são despejados, quando o Milico fala grosso que eles “vão manter as instituições funcionando, custe o que custar” num claro tom ameaçador.

É o pouco apreço à cultura a história de uma colônia que faz brasileiros e brasileiras serem colonos e colonas incessantemente. E o outro lado, a que eu pertenço, se verte em raiva e perplexidade ao ver o bizarro mundo dos cortiços, dizendo “como podem ter votado nesse cara?”. Outro erro.

Não se vê ao horizonte próximo uma transmutação de todos esses valores, fareja-se, quem sabe, mais guerra entre individualistas e coletivistas. Entre “um” versus “nós.” E felizmente ou infelizmente é nela que temos que assumir e engolir nossas escolhas. Enquanto nos colocamos ao estado coletivo da presença do Estado salvando vidas pelo SUS no pior país no tratamento da pandemia às escolas agro-ecológicas do MST ou as suas toneladas de alimento doado à milhões de brasileiros das periferias do brasilzão de todo dia, estamos vencendo. Estamos nos unindo em mensagens subliminares.

É apenas quando assumirmos sermos formigas nesse estado coletivo que recolocaremos as ideias um país de todos. Para todos. E por todos.

Não importa se os símbolos pátrios eles usaram para acorrentar seus súditos e fiéis, nossos símbolos são de igualdade, liberdade e fraternidade, que como todos sabem, é vermelha.

A diferença semântica entre os polos é que um deles ainda existe a palavra amor. Em sua espécie partilhar; solidarizar; unir; triunfar. A todos. Ao formigueiro inteiro.

E quem não pode com a fomiga, não atiça o formigueiro.

Viveremos e venceremos! Num Estado Coletivo em que poderemos amar tudo aquilo que o outro é, que poderemos aceitar tudo aquilo que o outro é, e que poderemos defender tudo aquilo que o outro é.  E só assim que poderemos foder o dia inteiro.

E é pra lá que caminharemos, a esse horizonte, onde mora a utopia.

Cresce-te e anda, Jornal América Profunda.

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